Chefe do Tráfico na Maré e seu Braço Direito São Mortos em Intensa Operação do Bope

 


Thiago da Silva Folly, o 'TH', e seu segurança, 'Gotinha', foram mortos a tiros de fuzil no Complexo da Maré; operação é vista como grande golpe contra o Terceiro Comando Puro

Por Jardel Cassimiro para a Revista Correio 101

​RIO DE JANEIRO — Uma operação de alta complexidade do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, resultou na morte de dois dos mais procurados líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Thiago da Silva Folly, conhecido como "TH da Maré", e seu principal segurança, Daniel Falcão dos Santos, o "Gotinha", foram mortos durante um intenso confronto a tiros de fuzil em um de seus esconderijos no Morro do Timbau.

​A ação, descrita pelas autoridades como meticulosamente planejada, visava desarticular o comando do TCP na região. Fontes da segurança pública confirmam que a troca de tiros ocorreu quando as equipes de elite localizaram o esconderijo dos criminosos. A resistência foi imediata, resultando na morte de Folly e Santos no local. A operação é considerada um dos golpes mais significativos contra a estrutura de poder do TCP nos últimos anos, atingindo diretamente seu núcleo decisório.

​Thiago da Silva Folly não era uma figura menor no crime organizado carioca. Considerado o líder máximo do TCP na Maré, ele estava foragido do sistema prisional desde 2016. Sua ficha criminal é vasta, acumulando 227 anotações criminais e pelo menos 17 mandados de prisão em aberto.

​As acusações contra 'TH' incluem tráfico internacional de drogas, múltiplos homicídios, roubos de carga, e a organização de "arrastões" (roubos em massa) em vias expressas do Rio. Notoriamente, ele também era investigado pelo assassinato de agentes de segurança pública.

​Ao seu lado estava Daniel Falcão dos Santos, o 'Gotinha'. Mais do que um simples segurança, ele era o homem de confiança de 'TH' e descrito pela polícia como seu "braço direito". 'Gotinha' possuía um mandado de prisão ativo por tráfico e porte ilegal de armas de uso restrito. Segundo investigações, ele era o responsável por executar as ordens diretas de Folly, gerenciar a segurança pessoal do chefe e supervisionar a arrecadação financeira das atividades criminosas na comunidade.

​O impacto da operação reverberou para além do confronto. Horas após as mortes, imagens fortes que supostamente mostram os corpos dos dois criminosos começaram a circular intensamente em aplicativos de mensagens e redes sociais. A natureza gráfica das imagens, que sugerem a violência do confronto com armas de grosso calibre, chocou internautas. Um comentário em rede social, "O velório do mano Gotinha vai ser de caixão fechado", viralizou, ilustrando a reação pública à brutalidade do desfecho.

​Autoridades da segurança do Rio de Janeiro celebraram o resultado da operação como uma vitória crucial no combate à facção que domina vastos territórios. A morte de 'TH' e 'Gotinha' cria um vácuo de poder imediato no Complexo da Maré, uma área estratégica para o tráfico. Embora a operação tenha sido um sucesso tático, especialistas em segurança alertam para a possibilidade de uma escalada na violência, enquanto grupos rivais ou sucessores dentro do próprio TCP disputam o controle da lucrativa rota do tráfico na região.

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