Operação Conjunta em Alagoas Resulta na Prisão de Homem por Posse de Pornografia Infantil

Ação em Arapiraca, liderada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Federal, culminou na apreensão de dispositivos eletrônicos e na detenção de um suspeito de 28 anos, marcando um avanço significativo no combate a crimes cibernéticos contra vulneráveis.

Por Jardel Cassimiro, para a Revista Correio 101

ARAPIRACA, AL – Com a precisão cirúrgica que define as operações de inteligência mais bem-sucedidas, uma ação conjunta entre as polícias Civil e Federal de Alagoas desferiu um golpe contundente contra a criminalidade cibernética nesta sexta-feira, 19. A intervenção, meticulosamente planejada, resultou na prisão em flagrante de um homem de 28 anos, suspeito de um dos crimes mais repugnantes do código penal: o armazenamento e aquisição de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

A operação, que mobilizou agentes da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol) e do Núcleo de Investigação Especial da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core/Dracco), representa um marco na contínua batalha das forças de segurança para proteger os mais vulneráveis em um ambiente digital cada vez mais complexo e perigoso.

O trabalho investigativo, conduzido sob o comando do delegado Thales Araújo e com a coordenação estratégica da delegada Bárbara Porto, foi o culminar de semanas de monitoramento e coleta de informações. A parceria com a Polícia Federal foi fundamental para cruzar dados e fortalecer o caso, permitindo que a Justiça expedisse os mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nas primeiras horas da manhã em Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas.

Durante a incursão na residência do suspeito, as equipes policiais realizaram uma varredura completa, apreendendo um arsenal digital que, segundo as investigações, servia para alimentar a conduta criminosa. Foram recolhidos um notebook, múltiplos aparelhos celulares, discos rígidos (HDs) externos e pendrives. Todo o material será agora submetido a uma rigorosa perícia técnica, um processo crucial para determinar a extensão do envolvimento do suspeito, a quantidade de material ilícito armazenado e, fundamentalmente, identificar possíveis redes de distribuição e outras vítimas.

"A apreensão desses dispositivos é o ponto de partida para a segunda fase da investigação", afirmou uma fonte ligada à operação. "A análise forense nos permitirá traçar o caminho digital percorrido pelo suspeito, entender como ele adquiria o conteúdo e se ele participava de fóruns ou grupos dedicados a essa prática abominável. Nosso compromisso é ir até o fim para desmantelar qualquer rede que possa estar por trás disso".

A prisão em Arapiraca não é um evento isolado, mas sim parte de um esforço nacional e integrado para combater a exploração sexual infantil na internet. A delegada Bárbara Porto, coordenadora da ação, tem sido uma voz ativa na defesa de uma vigilância constante e do uso de tecnologia de ponta para rastrear e prender criminosos que se escondem no anonimato da rede.

A ação desta sexta-feira serve como um poderoso lembrete de que não há espaço seguro para a criminalidade. A colaboração entre a Polícia Civil de Alagoas e a Polícia Federal demonstra uma maturidade institucional e um compromisso compartilhado que transcende jurisdições, unindo forças pelo bem comum.

O suspeito, cuja identidade não foi divulgada para não atrapalhar o andamento das investigações, foi detido e encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ele responderá por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujas penas podem ser severas, refletindo a gravidade de seus atos. Enquanto a análise do material apreendido continua, a sociedade alagoana recebe a notícia com um misto de repulsa pelo crime e alívio pela eficaz resposta policial.